O objetivo dos investigadores é substituir o compressor do frigorífico. Para isso, a alternativa é a refrigeração magnética. Esta tecnologia não usa gases, permite aumentar a eficiência energética e diminuir o ruído.

Uma equipa de investigadores portugueses está a desenvolver frigoríficos mais sustentáveis. A tecnologia, com uma refrigeração mais eficiente, destina-se, para já, aos sistemas de transporte de vacinas.

Usando materiais magnetocalóricos, os cientistas criaram uma solução de refrigeração mais eficiente e sustentável. Com o financiamento do Conselho Europeu de Inovação, planeiam agora desenvolver um refrigerador para o transporte de vacinas.

Invisíveis a olho nu, os gases de refrigeração do frigorífico são fundamentais para conservar alimentos frescos. No entanto, estes gases são altamente poluentes.

A alternativa proposta pelos investigadores é a refrigeração magnética, que elimina o uso de gases. Esta tecnologia aumenta a eficiência energética e reduz o ruído, mas enfrenta ainda o desafio do custo elevado.

A equipa das universidades do Porto e Aveiro encontrou uma forma de superar este obstáculo: ao rodar o campo magnético para o tornar menos intenso, conseguem baixar o custo, reduzir o tamanho e o peso dos equipamentos.

Já registaram a patente e esperam ter um protótipo pronto até ao final do ano.

Além do apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, os investigadores garantiram um financiamento de 3,7 milhões de euros do Conselho Europeu de Inovação. Este valor será usado para desenvolver um refrigerador destinado ao transporte de vacinas, uma solução que pode reduzir significativamente as perdas durante o transporte devido a falhas no acondicionamento térmico.

A tecnologia, desenvolvida pelas universidades do Porto e Aveiro em parceria com outras cinco entidades, promete revolucionar o setor e contribuir para uma cadeia de frio mais sustentável e eficiente.